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Gosto de partilhar os meus conhecimentos com as pessoas, gosto de ter amigos, gosto de estar bem disposta, gosto de estar com a minha família, gosto muito da minha filha Rita

domingo, 25 de maio de 2014

Corre corre cabacinha....


Era uma vez uma velhinha que vivia só, na sua casinha da aldeia. Certo dia, recebeu uma carta da sua neta, que vivia numa terra distante. A carta trazia-lhe uma grande alegria – a neta ia casar-se e convidava a avozinha para assistir ao seu casamento. 

Tão contente ficou que imediatamente se pôs a caminho para não chegar atrasada. Depois de ter andado alguns quilómetros, surgiu à sua frente um grande lobo que lhe disse numa voz rouca:
--Ai, velhinha, que eu como-te! 

-Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. 

Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já venho mais gordinha! 
-Está bem na volta cá te espero! - respondeu o lobo e deixou-a seguir caminho.
 Lá mais adiante, surgiu-lhe na frente um urso, que, pousando-lhe as patas nos ombros, lhe disse ao ouvido:
-Ai, velhinha, que eu como-te! 
-Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já venho mais gordinha!
 Tal como o lobo, o urso achou que a velhinha tinha razão e deixou-a seguir viagem, dizendo: 
-Está bem na volta cá te espero! 
Já quase no fim da viagem, uma terceira fera apareceu à velhinha – era um leão. 
-Ai, velhinha, que eu como-te! 
-Ai, não me comas, que eu estou muito magrinha. Vou ao casamento da minha neta e, quando de lá voltar, já venho mais gordinha!

O leão também achou que era melhor esperar que ela voltasse mais gordinha. Então disse-lhe:
-Está bem na volta cá te espero! 

Muito assustada a velhinha continuou o seu caminho até que chegou, por fim a casa da neta. Contou tudo o que lhe acontecera e a neta acalmou-a dizendo que não haveria problema nenhum.

O casamento foi muito bonito e a velhinha estava muito feliz. Mas, quando se decidiu a voltar para a sua casa, começou a ficar com muito medo. A neta correu ao quintal, cortou a cabaça maior e mais redondinha que lá tinha abriu-lhe uma pequena porta e a velhinha entrou nela.

A neta voltou a fechar a cabaça. Então a viagem começou quando a cabaça e a velhinha rebolavam estrada fora . A certa altura passaram ao pé do leão, que perguntou: 
- Oh cabacinha não viste para aí uma velhinha?
A velhinha de dentro da cabacinha respondeu:
-Não vi velhinha, nem velhão Corre corre cabacinha Corre corre cabação!!!
O leão fez cara de admirado! A cabacinha continuou rebolando pela estrada fora. Um pouco mais à frente estava o urso, esperando. Este resolveu perguntar:
-Oh cabacinha não viste para aí uma velhinha? De dentro da cabacinha, a mesma voz respondeu:
-Não vi velhinha, nem velhão Corre corre cabacinha Corre corre cabação!!! A cabacinha continuou rebolando, rebolando, sempre a toda a pressa. 

O urso não percebeu nada do que via e ouvia… Mais perto de casa estava o lobo esfomeado. Ao ver a cabacinha perguntou-lhe:
-Oh cabacinha não viste para aí uma velhinha? De dentro da cabacinha a voz da velhinha fez-se ouvir:
-Não vi velhinha, nem velhão Corre corre cabacinha Corre corre cabação!!!

O lobo pulou de raiva. Finalmente a nossa velhinha chegou a casa. Não havia mais perigos. Pela estrada fora tinham ficado, enganados, os seus três inimigos. A cabacinha salvara-lhe a vida.
http://elavemhistoria.blogspot.pt/2007/04/corre-corre-cabacinha.html


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