Era uma vez três irmãos;
o mais novo tinha três maçãzinhas de ouro que lhe tinha dado a madrinha. Os
outros irmãos tinham muita inveja dele e para ver se lhas tiravam, mataram-no e
enterraram-no num monte.
Depois nasceu na sepultura uma cana. Certo dia,
passou por lá um pastor, que cortou um pedaço da cana para fazer uma flauta. O
pastor começou a tocar, mas a gaita em vez de tocar, dizia: - Toca, toca, oh
pastor! Os meus irmãos me mataram, por três maçãzinhas de ouro, e ao cabo não as levaram.
O pastor quando ouviu
isto, chamou um carvoeiro, e deu-lhe a flauta. O carvoeiro começou também a
tocar, mas a flauta dizia: - Toca, toca, oh carvoeiro, os meus irmãos
me mataram… por três maçãzinhas de ouro, e ao cabo não as levaram.
Assim foi a flauta
andando, de dono em dono, até que chegou às mãos do pai e mãe do morto. A flauta
dizia assim: - Toca, toca, oh meu pai… Toca, toca, oh minha mãe! Os meus
irmãos me mataram por três maçãzinhas de ouro, e ao cabo não as levaram.
Os pais muito admirados,
chamaram o pastor, que lhes disse onde tinha cortado a cana. Foram lá e
encontraram o filho morto com as três maçãzinhas de ouro.
FIM
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