Havia uma mulher que era muito teimosa, e chamava
ao homem Mata-Piolhos.
Segue-se que o homem não gostava do nome, e
dizia-lhe:
— Mulher, não me chames assim! Mas ela teimava.
Um belo dia, o homem meteu-a num poço, mas ela,
enquanto ia pelo poço abaixo, ia dizendo:
— Mata-Piolhos, Mata-Piolhos, Mata-Piolho!
E o homem sempre a fazê-la
escorregar mais para o poço; já lhe ia a água quási no peito, e ela ainda:
— Mata-Piolhos, Mata-Piolhos,
Mata-Piolhos!
Foi mais para
baixo, e, quando já lhe chegava a água à boca e não podia falar, então levantou
os braços, e só com eles de fora fazia o gesto com as unhas dos dois polegares de quem mata-piolhos.
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