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Gosto de partilhar os meus conhecimentos com as pessoas, gosto de ter amigos, gosto de estar bem disposta, gosto de estar com a minha família, gosto muito da minha filha Rita

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O SÓCIO DO DIABO


Era uma vez um lavrador muito pobre que não conseguia medrar no seu trabalho. Quanto mais se esforçava e trabalhava , menos rendia a tarefa ao pobre homem. Vai um dia, desesperado, gritou:  Apareça quem me ajude mesmo que seja o próprio Diabo!
O Demo respondeu  :  Aqui estou eu! 
Ajustaram logo o contrato. O Diabo deu-lhe um belo terreno para cultivar.
O Diabo disse-lhe:  Semeia o que quiseres  que tudo irá nascer.Nascendo em baixo é meu e saindo em cima é teu…
O homem plantou milho, trigo e centeio que nasceram como um louvar a Deus. Quando a plantação estava na altura de ser ceifada, veio o Diabo cobrar a sua parte.
O lavrador  disse ao Diabo:  — Pode levar o que é seu…-
Foi ver o Diabo o que era dele e só encontrou raízes sem valor. Ficou furioso e desmanchou o pacto, propondo outro:
O Diabo disse muito zangado: Vamos às avessas. O que sair por cima é meu e o que der por  baixo é teu!!!
O homem aceitou. Vendeu o milho, o trigo e o centeio por bom dinheiro e plantou batatas, cenouras e nabos que  era um nunca acabar. No tempo da colheita voltou o Diabo para vir buscar a sua parte.
O lavrador disse : — Leve o que está por cima que é o combinado… Por cima só havia rama, pois as batatas, as cenouras e os nabos crescem por baixo da terra. O Diabo desta vez ficou desesperado com o engano. Desmanchou o negócio e propôs outro.
O Diabo disse:  — Faço-te rico como um conde e, no fim de vinte anos, ganho a tua alma. Está feito?
O lavrador respondeu:  Está feito, com uma condição; escrevemos tudo num papel que fica no meu poder e vou-lho  dar  ao fim dos vinte anos. Se passar um minuto depois da meia noite e você não tiver o contrato na mão, estarei livre. 
Disse o Diabo: Está bem, só aceito se o papel ficar na minha mão no fim do prazo!
O lavrador concordou: Está feito o negócio….
Ficou o homem rico da noite para o dia, tratando-se do bom e do melhor, fazendo caridades. No fim dos vinte anos, foi falar com o vigário da paróquia e  pediu-lhe um cântaro cheio de água benta. Dentro do cântaro meteu o papel e esperou pelo Diabo.
Quando este chegou, o homem foi dizendo: — O papel está ali, dentro daquele cântaro, bem à vista. É só tirar.
O Diabo meteu a mão para agarrar o papel e largou um uivo como se tivesse metido a pata nas brasas. Procurou meter a mão outra vez e gritou com a dor. Por mais que tentasse retirar o contrato,  a água benta não o deixava. Depois de muito esforço, o relógio bateu as doze badaladas. O homem, então, benzeu-se:
— Vai-te para o Inferno, que eu de ti estou livre!
O Diabo estourou como um foguete e foi para o Inferno. O homem continuou rico e feliz, morrendo quando Deus o permitiu.

FIM


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