Acerca de mim

Gosto de partilhar os meus conhecimentos com as pessoas, gosto de ter amigos, gosto de estar bem disposta, gosto de estar com a minha família, gosto muito da minha filha Rita

terça-feira, 27 de maio de 2014

CRAVO, ROSA E JASMIM

Uma mulher tinha três filhas; indo a mais velha passear a uma ribeira, viu dentro de água um cravo, debruçou-se para o apanhar, e ali desapareceu.
No dia seguinte, sucedeu o mesmo à outra irmã, porque viu dentro da ribeira uma rosa.
Por fim, a mais nova também desapareceu, por querer apanhar um jasmim.
A mãe das três raparigas ficou muito triste e chorou, chorou muito o desaparecimento das filhas.  Passado um tempo deu à luz um rapaz, que quando se fez homem lhe perguntou porque é que a mãe chorava tanto. A mãe contou-lhe como é que ficara sem as suas três filhas.
-Pois dê-me a sua benção, que eu vou por esse mundo fora à procura delas.
Foi. No caminho encontrou três rapagões numa grande briga. Chegou-se ao pé deles e perguntou-lhes porque brigavam?
Um deles respondeu-lhe: - Oh senhor! o meu pai tinha umas botas, um chapéu e uma chave, que nos deixou. As botas em a gente as calçando, e lhes diga: Botas, ponham-me em qualquer banda, é que a gente aparece onde quer; a chave abre todas as portas; e o chapéu em se pondo em cima da cabeça, ninguém mais nos vê. O nosso irmão mais velho quer ficar com as três coisas para si, e nós queremos que se repartam á sorte.
Isso arranja-se bem , - disse o rapaz querendo harmonizá-los - eu atiro esta pedra para bem longe, e quem primeiro a apanhar é que há-de ficar com as três coisas.
Assentaram nisso; e quando os três irmãos corriam atrás da pedra, o rapaz pegou na chave e no chapéu e calçou as botas, dizendo:
-Botas! levem-me ao lugar em que está a minha irmã mais velha..
Achou-se logo numa montanha escarpada onde estava um grande castelo, fechado com grossos cadeados. Meteu a chave e todas as portas se lhe abriram; andou por salas e corredores, até que deu com uma senhora muito linda e bem vestida, que estava muito alegre, mas que ao vê-lo gritou com espanto: - Oh Senhor!! como é que pôde aqui entrar ?!
O rapaz disse-lhe que era seu irmão e contou-lhe como é que tinha podido chegar até ali. Ela também lhe contou a sua felicidade, mas que o único desgosto que tinha era não poder o seu marido quebrar o encanto em que estava, porque sempre lhe tinha dito que só se desencantaria quando morresse um homem que tinha o condão de ser eterno.
Conversaram bastante, e por fim a senhora pediu-lhe para que se fosse embora, porque podia vir o marido e fazer-lhe mal. O irmão disse-lhe que não tivesse cuidado porque trazia um chapéu que quando o pusesse na cabeça ninguém mais o via. De repente abriu-se a porta e apareceu um grande pássaro; mas , nada  viu, porque o rapaz quando sentiu barulho pôs logo o chapéu. A senhora foi buscar uma grande bacia dourada, e o pássaro meteu-se lá dentro transformando-se logo num homem muito formoso

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